Usar o celular também é perigoso para o pedestre
Dirigir falando ao celular é uma das
multas mais aplicadas em todo pais. Está entre as dez mais aplicadas no ranking
da maioria das cidades brasileiras. Porém, recentes acidentes mostraram que não
é só o motorista que está em risco devido a distração causada pelo celular, os
pedestres também.
Além da possibilidade de falar ao
telefone, muitos se distraem enviando mensagens, acessando a internet ou até
mesmo ouvindo música com fones de ouvido. Para a especialista em trânsito,
Elaine Sizilo, estas atitudes podem ser fatais. “Para atravessar uma via, o
pedestre deve ter todos os seus sentidos funcionando perfeitamente. A audição e
a visão são extremamente importantes nesta hora e se você não usá-las
corretamente pode se envolver em um grave acidente.”
Nos EUA, por exemplo, o pedestre já
pode ser multado se mexer no celular enquanto estiver andando. A medida foi
tomada pelas autoridades de Fort Lee, em New Jersey. A multa aplicada é de US$
85. O objetivo da ação é diminuir o número de pessoas distraídas andando pelas
ruas, pois isso aumenta e muito o risco de atropelamentos e acidentes. De
acordo com estudo da Universidade de Stony Brook, de Nova York, 60% das pessoas
não conseguem andar em linha reta quando usam o celular na rua.
Para a especialista Elaine Sizilo, o
pedestre deve fazer a sua parte no trânsito. “Os pedestres devem sempre
utilizar calçadas e passeios, quando houver faixa de pedestres e semáforo, as
travessias devem ser feitas na faixa de segurança, sob sinal favorável. Quando
não houver faixa, nem sinalização, o pedestre deverá aguardar na calçada pelo
momento oportuno, e atravessar a via na menor distância possível”, explica. De
qualquer forma, para ela, a atenção é fundamental. “O ato de atravessar uma via
exige atenção constante aos múltiplos fatores que vão se apresentando durante o
trajeto”, afirma. “Não quero tirar a responsabilidade dos motoristas, mas todos
os usuários da via devem estar atentos em suas atividades para que diminuam os
riscos de acidentes”, conclui.

