Os meses que se passam de maio a setembro são marcados pelo outono e o inverno, estações que têm como principais características o aumento do frio, a diminuição da umidade do ar e a formação de cerrações e neblinas. Algumas das maiores tragédias rodoviárias ocorreram nesta época, quando os riscos de acidentes se elevam e as atuações das polícias rodoviárias no atendimento destes acidentes tornam-se delicadas e perigosas.

Frio como fator de sono
A queda da temperatura no meio ambiente representa o primeiro grande perigo na condução de um veículo. O condutor que dirige, principalmente durante as madrugadas, sente mais os efeitos do frio. Para combater este desconforto, procura manter as janelas fechadas e utiliza-se dos sistemas de ar quente – o que traz certo conforto que ocasiona as manifestações do sono. A situação fica mais preocupante em relação aos motoristas profissionais que transportam cargas consideradas de horário e as cargas chamadas “Just in Time”, a grande cobrança das transportadoras para a execução do trabalho exige que os motoristas fiquem mais tempo na direção, o que gera mais cansaço e estresse mental.

Seca e Queimadas
Outro ponto adverso no trânsito está no surgimento das grandes queimadas ao longo das áreas que margeiam as rodovias. Estas queimadas acarretam a incidência de fumaça, que invade a pista e compromete a visibilidade dos motoristas. Nesta época do ano, com a baixa umidade do ar, a vegetação rasteira se resseca devido aos efeitos da friagem, tornando-se um perigoso combustível. Pontas de cigarro, fósforos acesos e a utilização de fogo para preparo do plantio em áreas próximas às rodovias são os principais motivos para a disseminação de uma queimada, que em poucos minutos pode atingir proporções incontroláveis e colocando em risco a segurança do trânsito.


Neblina e Cerrações
A neblina ocorre quando o vapor de água é submetido a resfriamento, condensando-se e formando uma névoa parecida com uma nuvem, próxima a superfície. Geralmente ocorre em locais que apresentam leitos de rios, vales que apresentam acúmulo de água, nas regiões costeiras litorâneas e próximos a represas. A formação da neblina pode atingir grandes proporções comprometendo totalmente a visibilidade e colocando em risco de acidente os condutores que trafegam com seus veículos por rodovias nestas condições.


Como se comportar em uma situação adversa
- Em relação ao sono, a principal recomendação é, ao sentir sono, parar em um posto de apoio e dormir. Seguir viagem nestas condições é risco de acidente iminente. O condutor deve realizar breves cochilos com duração entre meia hora e três horas.
- Com relação às queimadas ao longo das rodovias, ao se aproximar de locais em que a fumaça esteja invadindo a pista, condutor deve diminuir gradativamente a velocidade, sem jamais parar sobre a fumaça e avisar imediatamente o Corpo de Bombeiros, através do telefone de emergência. Para se evitar estas queimadas, o condutor não deve jogar pontas de cigarro ou fósforos acesos, ao longo das rodovias.

- As recomendações sobre o trânsito em rodovias com neblina seguem uma principal premissa: parar em um posto de apoio seguro e aguardar que a cerração se dissipe. Caso não seja possível esta parada, o condutor deve acionar os faróis baixos do veículo e transitar em uma velocidade moderada, procurando guiar-se pelas faixas pintadas no asfalto. O condutor jamais deve acionar o pisca alerta.